Poderiam então pessoas com condições mentais um dia usar os Jogos para ajudar a reduzir os seus sintomas? Está é uma pergunta que o diretor criativo da desenvolvedora Ninja Theory Tameem Antoniades fez.
Um psiquiatra chamado Paul Fletcher parece ter a resposta, tudo por conta do Projeto Insight que ele fez na Universidade de Cambridge.
A dupla, Tameem e Paul fizeram colaboração juntos na produção de Hellblade: Senua’s Sacriface. Contudo o jogo ganhou elogios por retratar a experiência da psicose. À medida que desenvolviam o jogo, os mesmos perguntavam se os videogames também poderiam ser usados para medir e modificar para reduzir o sofrimento mental das pessoas.
E com essas questões levantadas, eles começaram a desenvolver protótipos de jogos com base em sinais biométricos.
Os jogos podem curar doenças?
“Em vez de usar um controlador de jogo, estamos usando sua fisiologia”
Disse antoniades.
Eles criaram por exemplo um jogo de barco a vela, que lê seu pulso. À medida que sua frequencia cardíaca aumenta, o mar do jogo se modifica se tornando mais tempestuoso, diminuindo assim seu progresso.
“As pessoas competem com a rapidez com que podem diminuir os batimentos cardíacos”
diz antoniades.
A idéia de jogos que respondem a sinais fisiológicos não é novidade, mas eles nunca tiveram muito sucesso no passado. Por exemplo, a Nintendo havia cancelado seus planos para monitoramento de pulsação para o Nintendo Wii, pois alegava que não funcionava da maneira certa.
Fletcher disse que o Projeto Insight está abordando mais o lado cientifico. Do que somente ler a pulsação do jogador em um numero somente, ele ainda diz querer estudar todo o diagrama em detalhes.
“As pessoas falam sobre seus batimentos cardiacos simples como maneira chave de determinar seu nível de ansiedade ou excitação, mas existem uma gama enorme de sinais de batimentos do coração do que só aquilo”.
Disse fletcher
Catalogando todos esses sinais biometricos iria permitir que o time construisse jogos que respondessem ao o que o jogador está sentindo, talvez até mesmo usar-lo como forma de terapia, disse Antoniades.
Mesmo que o plano da dupla seja feito em um game qualquer, eles ainda querem trazer esse tipo de recurso para jogos mais conhecidos como Hellblade: Senua’s Sacriface.
“É algo que as pessoas estarão ansiosas para jogar e não algo que foi forçado pelo seu terapeuta”.
Disse Antoniades