A Nintendo deu mais um passo na sua luta contra a pirataria. A gigante japonesa alterou recentemente seu contrato de usuário, incluindo cláusulas que podem permitir o bloqueio de consoles Switch 2 que tenham sido modificados. Essa mudança sinaliza uma postura ainda mais rígida da empresa contra qualquer tipo de alteração não autorizada em seus dispositivos.
Assim sendo, os jogadores que gostam de utilizar o seu Switch para rodar emuladores ou até mesmo inserir mods nos jogos da Nintendo, podem estar com os dias contatos no Switch 2.
Todos os que possuem uma conta Nintendo receberão um e-mail com um link para a política atualizada. E, como Stephen Totilo, da Game File, observou, o texto da seção “Licença para Produtos Digitais” foi alterado.
O acordo para contas agora afirma:
Sem limitação, você concorda que não pode (a) publicar, copiar, modificar, fazer engenharia reversa, arrendar, alugar, descompilar, desmontar, distribuir, oferecer para venda ou criar trabalhos derivados de qualquer parte dos Serviços da Conta Nintendo; (b) ignorar, modificar, descriptografar, anular, adulterar ou de outra forma burlar quaisquer funções ou proteções dos Serviços da Conta Nintendo, inclusive por meio do uso de qualquer hardware ou software que faça com que os Serviços da Conta Nintendo operem de forma diferente daquela prevista em sua documentação e uso pretendido; (c) obter, instalar ou usar quaisquer cópias não autorizadas dos Serviços da Conta Nintendo; ou (d) explorar os Serviços da Conta Nintendo de qualquer maneira diferente daquela prevista em sua documentação e uso pretendido, em cada caso, sem o consentimento por escrito ou autorização expressa da Nintendo, ou a menos que expressamente permitido pela lei aplicável.
“Você reconhece que, se não cumprir as restrições acima, a Nintendo poderá tornar os Serviços de Conta Nintendo e/ou o dispositivo Nintendo aplicável permanentemente inutilizáveis, no todo ou em parte.”
Ou seja, caso o jogador queira modificar o seu Switch 2 ou algum jogo, vai contra as regras atuais do contrato do usuário, e caso seja pego pela Nintendo, ela poderá “brickar” o seu console, o deixando completamente inutilizado. Com jogadores tendo desbloqueado o Switch no passado e rodado diversos emuladores neles, a empresa parece deixar claro ser contra esse tipo de prática com o console.
O histórico de combate à pirataria da Nintendo
“Poxa, mas isso é novidade?”, você deve estar se perguntando. É, e não é. A empresa sempre foi conhecida por sua postura linha-dura contra modificações. A diferença agora é que a empresa está deixando isso explícito em seus termos de uso, o que pode facilitar ações legais futuras contra usuários que desrespeitem essas regras.
Lembrando que, a Nintendo já havia afirmado que os usuários não teriam direito a entrar com uma ação coletiva contra a empresa, forçando as pessoas a resolverem as disputas legais com a Nintendo de forma individual, agora a empresa afirma ter o direito de revogar licenças e modificar o console caso seja usado de forma “não autorizada”.
Além disso, a empresa revisou sua política de privacidade, com foco na chegada do Switch 2. Com o consentimento do usuário, a empresa poderá gravar conversas de voz e vídeo em serviços como o GameChat, justificando a medida como forma de manter a segurança nas interações online.
Este conteúdo é destinado a qualquer pessoa que encontre “linguagem ou comportamento que possa violar as leis aplicáveis”, sendo que a empresa poderá revisar os últimos três minutos de gravação. Isso visa garantir um “ambiente online seguro e familiar”.
Enfim, se você está pensando em adquirir o Switch 2 quando ele for lançado, a recomendação é clara: mantenha seu console original, sem modificações. Além de preservar a garantia do aparelho, você evitará possíveis bloqueios e restrições de uso. Para quem já é adepto das modificações, fica o alerta: a Nintendo está de olho e, pelo visto, não hesitará em tomar medidas contra consoles alterados.
No final das contas, essa mudança no contrato de usuário reforça algo que já sabíamos: quando se trata de proteger sua propriedade intelectual, a Nintendo não brinca em serviço. E você, o que acha dessa postura? Comente!
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Fonte: Eurogamer
