Após dois jogos intensos e emocionalmente devastadores, os fãs de The Last of Us já especulam sobre o futuro de Ellie na esperada terceira parte. E segundo análises de especialistas da franquia, há um elemento crucial que não pode faltar: o resgate da luz interior que a personagem perdeu ao longo de sua trajetória.
A teoria ganhou força após o youtuber Dan (conhecido como Wolf) publicar um vídeo detalhado sobre o que Ellie precisa vivenciar em The Last of Us Part 3. A discussão levanta questões profundas sobre perda, redenção e, principalmente, sobre o direito de escolha da protagonista.
De criança resiliente a sobrevivente marcada
A transformação de Ellie ao longo da franquia é brutal. Em The Last of Us Part 1, vimos uma garota de 14 anos perder sua inocência enquanto enfrentava um mundo pós-apocalíptico impiedoso. O momento simbólico em que ela rasga sua icônica camiseta de palmeira para fazer um curativo em Joel marca o início dessa mudança ali, ela sacrifica parte de si mesma para salvar quem ama.
A DLC Left Behind revelou ainda mais camadas dessa perda de inocência, mostrando a noite mágica de Ellie com Riley no shopping, que terminou em tragédia quando ambas foram mordidas. Sobreviver enquanto via sua namorada se transformar foi, talvez, o momento mais sombrio daquela época.
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Já em The Last of Us Part 2, presenciamos o monstro interior de Ellie quase consumindo-a completamente. Sua busca obsessiva por vingança custou-lhe sua nova família com Dina e JJ, deixando-a mutilada física e emocionalmente. O final do jogo, com Ellie caminhando sozinha pelo deserto, não deixa dúvidas: ela precisa se encontrar.
A redenção em The Last of Us passa por uma criança?
A teoria mais aceita entre os fãs sugere que Part 3 espelhará a dinâmica do primeiro jogo, mas com os papéis invertidos. Ellie assumiria o papel de Joel, veterana endurecida, usando uma pulseira em memória do que perdeu, enquanto uma criança sob sua tutela traria de volta sua vitalidade e humor.
Essa criança poderia até mesmo ser imune, como Ellie, embora isso não seja essencial para a narrativa. O importante é que esse relacionamento permita que Ellie reencontre aquela garota que lia piadas de seu livrinho e se maravilhava com a beleza do mundo natural.
“Se colocarmos na perspectiva de Ellie, ela deveria ter morrido naquela noite no shopping com Riley. Depois, deveria ter morrido na mesa de cirurgia”, pontua Dan em seu vídeo. “Independente do destino dela em Part 3, o que importa é que ela encontre a luz e que seja ela quem escolha seu próprio destino.”
Outra franquia havia explorado está dinâmica
Vale lembrar que este caminho narrativo já foi explorado em um popular jogo de apocalipse bem conhecido; The Walking Dead da Telltale. Assim como Ellie, Clementine também passou por um tutor, o Lee Everett.
Mais tarde na história, em The Walking Dead: Final Season, começou a cuidar de Alvin Jr. e a ensiná-lo sobre os perigos do mundo infestado por zumbis e a como sobreviver. E The Last of Us saberia muito bem explorar o mesmo caminho tomado com uma história parecida.
E é aí que mora o ponto crucial: pela primeira vez na vida, Ellie precisa ter autonomia sobre seu futuro. Não uma decisão tomada por um pai que não consegue deixá-la ir, nem por uma facção bem-intencionada tentando salvar o mundo. Precisa ser dela.
Respeitar a escolha de Ellie, seja qual for, é o desfecho que os fãs merecem e que a personagem conquistou após tanto sofrimento. Afinal, amor e aceitação verdadeiros significam abraçar as decisões de alguém sobre sua própria vida.
Enquanto Naughty Dog mantém silêncio sobre The Last of Us Part 3, uma coisa é certa: a jornada de Ellie ainda não terminou, e seu caminho de volta para a luz promete ser tão impactante quanto tudo que já vivemos ao lado dela.
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Fonte: Wolf of Thorns
