Simplesmente abandonar a água para o limpador de para-brisa, a empresa americana propõe o uso de raios laser para limpar vidros dos veiculos; Patentes do sistemas também inclui a limpeza de painéis fotovoltaicos.
A Tesla registrou no relatório de Marcas e Patentes dos Estados Unidos a patente de um sistema limpadores a lasers que substitui o sistema convencional – aquele constituído pela antiquada vareta e vassoura de borracha no para-brisa.
O sistema seria aplicado aos seus veículos e também aos painéis fotovoltaicos utilizados pela marca, que têm captação de energia comprometida por conta dos dejetos.
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De acordo com a Tesla, o processo do mecanismo do para-brisas convencional é considerado um tempo improdutivo, que engloba a eliminação da sujeira e a espera da secagem do vidro.
Apesar de não citar outras desvantagens, elas são conhecidas: a borracha se desgasta e perde eficiência com muita facilidade (e rapidez), degrada com a ação das intempéries e excesso de sujeira, compromete a aerodinâmica do carro e provoca ruídos desagradáveis.
Fora do Brasil, há um outro inconveniente: o limpador comum congela e gruda no vidro quando o carro é deixado no tempo em temperaturas abaixo de zero.
Segundo a Tesla, o uso do laser seria mais rápido e eficaz na remoção dos dejetos, sem precisar contar com o uso de substâncias químicas. Faltou citar esse incômodo, certo?
Pois é, os carros ainda precisam de um reservatório adicional de água para o limpador, além de um sistema elétrico com uma bomba par ao esguicho (o que acrescenta peso, cerca de dois quilos) – normalmente os motoristas são levados a adicionar detergentes ao líquido.
A TECNOLOGIA DOS AUTÔNOMOS TAMBÉM É UM ENTRAVE
Além de dificultar a visão do motorista, sujeiras no vidro também são obstáculos para as câmeras dos sistemas de assistência à direção semiautônoma. Um ponto a ser ressaltado é o de que o novo sistema seria útil para os projetos de futuros carros autônomos.
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O mecanismo funcionaria a partir de câmeras que detectam os objetos e um conjunto óptico de feixes, que seria configurado para, a partir da detecção do “corpo estranho”, lançar um raio para expeli-lo.
Um dos desafios para a concretização material da patente, além do alto custo, é a potência do laser.
A frequência da emissão dos raios deve ser forte o suficiente para eliminar a sujeira do vidro, mas segura a ponto de não causar danos ao próprio vidro e, principalmente, ao motorista que estiver dirigindo.
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Apesar disso, tal problema seria facilmente resolvido a partir do revestimento dos vidros com óxido de índio e estanho, o que barraria a ação do laser na parte interna do veículo.
Um dos pontos positivos da implementação do sistema seria a maior aplicação: poderia atender a todas as janelas do veículo, incluindo retrovisores.
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Vale lembrar que, o registro da patente não indica necessariamente que o produto será produzido, é apenas uma forma de oficializar e dar os créditos e direitos da ideia à Tesla.
Em outras palavras, se algum inventor ou outra empresa desenvolver um sistema semelhante que use tecnologia a laser, terá de pagar royalties para a Tesla.