Chegou a hora de darmos uma passeada por Yakuza com a Edição do Diretor de Yakuza 0 no PlayStation 5, mas também conferimos um pouco de Kiwami 1 e Kiwami 2 também no console de nona geração da Sony, e vamos te contar todos os principais detalhes nesta review tripla de jogos da SEGA, sem spoilers de nenhum.
Aviso sobre a review:
Essa review foi organizada por ordem do enredo de cada um dos jogos, onde um complementa o outro, e não por ordem de lançamento dos remakes. A nota é uma média dos 3 jogos!
Índice da review de Yakuza 0 Director’s Cut e Kiwami 1+2
Onde Yakuza 0 Director’s Cut e Kiwami 1+2 foram rodados?
Assim como discriminado no título, ambos os jogos da franquia Yakuza foram rodados em um PlayStation 5 Slim, ligado a um monitor LG Ultragear de 24 polegadas com resolução de 2560×1440 e taxa de atualização de 144Hz. Este monitor por sua vez conta com suporte ao HDR10 e AMD FreeSync. Todos os jogos foram executados com somente o modo gráfico padrão, visto que não há a alternância entre desempenho ou qualidade e nenhum traz suporte ao HDR.
Este artigo será dividido em partes, assim como foi na review de Call of Duty Black Ops 7

Parte 1 – Yakuza 0 Director’s Cut
1.1 – Desempenho no PS5: 60 quadros com eventuais quedas
Yakuza 0 Director’s Cut roda de uma maneira bem satisfatória no PlayStation 5. Durante os combates de rua podemos ver que o título se mantém nos 60 quadros por segundo em todo o tempo, não trava durante as lutas, apresentando um frametime constante e bem liso.
O principal problema é o recurso de salvamento automático… durante uma caminhada pelas ruas, o jogo acaba salvando automaticamente, o que faz com que o mesmo sofra stutters, o que pode incomodar um pouco durante as caminhadas ou corridas, já que aqui podemos correr até que nosso protagonista se canse.
Mas tirando este detalhe, roda bem a maior parte do tempo e não atrapalha sua gameplay como um todo.

1.2 – Gráficos, texturas e ambientação: poderia ser melhor
Na parte dos gráficos, Yakuza 0 Director’s Cut segue o mesmo padrão dos demais jogos desta review, que estão discriminados nas próximas partes (sim, fiz a review de baixo para cima ^^…).
Visualmente, o jogo ainda entrega gráficos bonitos e cheios de identidade, trazendo aquela atmosfera japonesa marcante para o PlayStation 5. A cidade de Kamurocho conta com texturas em alta resolução, uma grande quantidade de objetos espalhados pelo cenário e muitos NPCs andando pelas ruas… aqueles mesmos que você esbarra sem querer e ainda escuta reclamando. É uma cidade que passa, de fato, a sensação de estar viva.
Porém, nem tudo são flores. O jogo apresenta diversos problemas gráficos perceptíveis, principalmente quando você começa a explorar o mapa.

Andando pelas ruas, é bem fácil notar objetos surgindo do nada bem na nossa frente, o famoso pop-in. Além disso, os reflexos por serem SSR não transmitem uma total fidelidade, ainda mais quando o reflexo do personagem fica bugado e parece um fantasma.
Na cena abaixo, por exemplo, eu estava relativamente perto de um monte de lixo no canto, mas só ao chegar ainda mais próximo é que as texturas foram carregadas em uma resolução melhor:
E não para por aí. Em outra cena, as grades do cenário também só renderizam quando chegamos muito perto, evidenciando que a distância do LOD (Level of Detail) é bastante curta.
Muitos elementos do ambiente acabam sendo renderizados apenas quando estamos praticamente colados neles, o que faz com que o cenário, em alguns momentos, passe uma sensação de jogo mais antigo do que realmente deveria.
No fim das contas em termos gráficos, Yakuza 0 Director’s Cut continua visualmente agradável e cheio de personalidade, mas essas limitações técnicas acabam quebrando um pouco a imersão, principalmente para quem é mais atento aos detalhes.
1.3 – Combate
O combate de Yakuza 0 Director’s Cut continua sendo um dos pontos de destaque do jogo. Aqui, o sistema de luta é mais variado do que nos Kiwami, já que cada personagem jogável possui mais de um estilo de combate, o que traz mais opções e liberdade durante as batalhas. É possível alternar entre estilos mais rápidos, outros focados em força bruta e até aqueles que priorizam técnica e controle do inimigo.
As lutas são dinâmicas e com bastante interação com o cenário. Objetos espalhados pelo ambiente podem ser usados como armas improvisadas, e as Ações de Calor continuam entregando aquele tom exagerado e satisfatório típico da série. No geral, o combate aqui é mais fluido e menos engessado do que em Kiwami 1, passando uma sensação de maior controle sobre o personagem.
Porém o sistema não é perfeito. Em lutas contra muitos inimigos, a câmera pode atrapalhar um pouco, e alguns golpes acabam sendo interrompidos com facilidade. Nada que chegue a comprometer a gameplay em si, mas são detalhes que ficam mais evidentes em confrontos mais caóticos.
1.4 – Enredo: O prólogo da franquia (sem spoilers)
O enredo de Yakuza 0 funciona como uma excelente porta de entrada para a franquia, contando uma história que se passa antes dos acontecimentos dos demais jogos, sendo este game o prólogo da série.
A narrativa é bem construída, com um ritmo envolvente e foco no desenvolvimento dos personagens, explorando ambições, conflitos internos e as consequências das escolhas feitas ao longo do caminho, que vemos se desenvolvendo nos demais jogos, como o próprio Kiwami 1 e 2.
A história sabe equilibrar bem seus momentos sérios com situações de leveza, algo que já virou marca registrada da série. Mesmo sem entrar em detalhes, dá para dizer que o jogo constrói uma trama forte e emocional, que prende a atenção do começo ao fim e ajuda a dar ainda mais peso aos acontecimentos vistos nos jogos seguintes.
É um enredo que não foca apenas em momentos de ação ou reviravoltas constantes, mas sim de personagens carismáticos e relações bem trabalhadas, o que faz toda a diferença no impacto final da narrativa.
1.5 – Localização e áudio
Yakuza 0 Director’s Cut conta com textos em português do Brasil. No entanto, a localização apresenta alguns erros de tradução e inconsistências, como frases mal adaptadas ou termos que soam estranhos dentro do contexto, principalmente em itens no menu.
Nada que impeça o entendimento da história, mas são falhas que chamam atenção, principalmente para quem acompanha os diálogos e os textos com mais cuidado.
Na parte do áudio, o jogo oferece dublagem em inglês, além do tradicional áudio original em japonês. A dublagem inglesa é competente, mas pode dividir opiniões, já que parte do diferencial da série está justamente nas atuações japonesas.
A trilha sonora por sua vez, continua sendo um destaque, uma vez que segue acompanhando muito bem tanto os momentos de ação quanto os mais dramáticos. No geral, o conjunto de áudio e localização cumpre seu papel, mas fica claro que há espaço para um cuidado mais minucioso.
1.6 – Visão geral e nota de Yakuza 0 Director’s Cut
De uma maneira geral, Yakuza 0 Director’s Cut consegue ser um prólogo competente em diversos pontos. Seu enredo é fundamental para entender os demais jogos da franquia, e entender todos os acontecimentos de tais, como por exemplo entender as consequências das escolhas de Kiryu em Kiwami.
Seus gráficos possuem diversos pontos de elogio, porém abre espaço para críticas, principalmente quando vemos a questão do LOD e dos objetos ganhando outra forma quando estamos praticamente colados com eles, o que dá a sensação de ser um jogo antigo assim como comentei no tópico dos gráficos. A cidade transmite ser bem viva, com bastante NPCs transitando e algumas interações com o cenário.
O combate é um dos destaques, e mesmo que seja um pouco engessado, consegue ser fácil de dominar, mas não fique de bobeira, é fácil tomar uma distraída e cair no chão. De uma maneira geral, a nota para Yakuza 0 Director’s Cut é 8.5:
Um prólogo competente, mas passível de melhorias no cenário e na ambientação!

Vamos agora para Yakuza Kiwami!
Parte 2 – Yakuza Kiwami
2.1 – Desempenho geral no PS5: 60 quadros cravados, mas algumas cutscenes…
Quando falamos do desempenho de Yakuza Kiwami no PS5 nos deparamos com 60 quadros por segundo cravados, o frametime é liso e constante, não demonstrando engasgos ou drops bruscos. A constância é algo extremamente positivo nesta versão, já que parece rodar sempre em uma resolução acima de 1080p, pois é bem nítido.
As cutscenes in-game também se beneficiam da taxa de quadros constante, porém quando vemos as cutscenes de abertura… não podemos dizer o mesmo. Além de rodarem em uma resolução baixa, o que é possível notar pela falta de nitidez na imagem, rodam em 30 quadros por segundo, mostrando que nessa parte em específico não fizeram modificações.
Mas é só um ponto para comentar, não estou condenando o jogo por isso…. eu que sou chato e fico reparando em tudo.
2.2 – Gráficos, texturas e ambientação
Yakuza Kiwami traz consigo toda uma reestilização do jogo original, com isso diversos pontos receberam upgrades. É possível notar uma modelagem de personagens bem nítida e definida, sem parecer um boneco de massinha; bem como uma nova roupagem para as texturas como um todo, desde fachadas de prédios e lojas, até ambientes internos.
Ao andar pelas ruas de Kamurocho vemos o trabalho insano da SEGA nesta versão: é tudo bem colorido, animado e com muitos NPCs na rua (mesmo que você encontre uns 3 NPCs completamente iguais do seu lado por metro quadrado).
Os gráficos na cidade apresentam um sombreamento preciso, reflexos que se beneficiam de uma aplicação eficiente do SSR (Space Screen Reflections / Reflexos no Espaço de Tela), que produzem uma boa fidelidade com a cena mesmo sem o uso de Ray Tracing para tal, mesmo que com bugs visíveis, iluminação dinâmica e voltando para os NPCs e sua quantidade, todos são detalhados apesar de repetidos.
A cidade de Kamurocho também é cheia de objetos espalhados pelo cenário, como caixas e bicicletas, as quais podem ser usadas para mandar na cabeça de um inimigo quando em duelo direto, e quando vistas ao longe, trazem uma sensação de preenchimento para aquele cenário, onde nada em sua ambientação parece ser totalmente vazia.
No entanto, você não pode interagir com qualquer coisa no cenário, já que a maioria dos prédios não possuem interação ou NPCs lá dentro.
Porém um ponto de crítica são as texturas. Não é difícil notar que algumas texturas não passaram por um tratamento adequado, a maioria das placas sofrem com texturas em baixa resolução, o que acabam por destoar do restante do cenário que segue em alta resolução.
Não é nem chegar com a placa colada na tela, você nota ao andar e passar ao lado delas. É uma questão que deixaram passar, mas não tira totalmente a beleza dos demais elementos do cenário.
2.3 – Combate e seus estilos de luta
Yakuza Kiwami segue o padrão dos combates dos demais jogos da franquia. Ao começar uma luta com um determinado inimigo, vemos toda uma cutscene preparatória apresentando seu oponente até que a pancadaria comece de verdade.
Na gameplay em si é tudo preciso, mas é preciso ter atenção para que não sofra golpe por ficar distraído, o que não é difícil. Você pode alterar entre os estilos de luta de Kiryu, nosso protagonista, selecionando entre Brigão (Brawler), Acelerado (Rush), Fera (Beast) e Dragão de Dojima (Dragon).
O estilo Brigão é o mais equilibrado e funciona como a base do combate já que oferece uma boa mistura de força, velocidade e controle. Seus golpes são diretos e versáteis, permitindo enfrentar tanto inimigos isolados quanto pequenos grupos. Por sua consistência, é o estilo mais utilizado durante a progressão inicial do jogo.
O estilo Acelerado é focado em agilidade (obviamente) e esquiva. Nele, Kiryu utiliza ataques rápidos e combos leves para dar prioridade a mobilidade e a evasão dos golpes inimigos. Apesar de causar menos dano, esse estilo se destaca em confrontos contra inimigos mais fortes ou chefes.
Agora, o estilo Fera aposta na total brutalidade e pancadaria. Kiryu fica um pouco mais lento, mas fica bem mais forte, capaz de causar grande dano. Esse estilo é muito bom em lutas contra vários inimigos ao mesmo tempo, especialmente por permitir o uso automático de objetos do cenário como armas, assim como comentei no outro tópico. É um modo que transmite impacto e brutalidade, ainda que seja menos eficiente contra adversários rápidos.
Por fim, o estilo Dragão de Dojima representa a forma mais tradicional e icônica do nosso protagonista. Inicialmente ele acaba sendo um pouco limitado, mas evolui gradualmente a medida que você vai desbloqueando técnicas clássicas e golpes mais poderosos. Quando totalmente aprimorado, acaba por ser o estilo mais completo e eficiente do jogo.
No entanto, um ponto de crítica geral em relação ao combate é que ele pode ser considerado um pouco engessado, especialmente quando analisado de uma maneira mais crítica ou comparado a jogos modernos.
Uma das principais limitações está nas animações “duras” e pouco canceláveis, já que muitos golpes possuem início e término bem definidos, o que faz com que Kiryu fique “preso” à animação ao errar um ataque, ou quando cai no chão.
Além disso, o sistema de lock-on e sua movimentação limitada, onde o lock-on força você segurar um botão todo o momento, contribuem para essa sensação de engessamento. A câmera nem sempre colabora, especialmente em áreas estreitas, fazendo com que você lute mais contra o enquadramento do que contra os inimigos.
Mas de uma maneira geral, tem seus pontos altos e pontos fracos ao mesmo tempo.
2.4 – Enredo… mas sem spoilers
O enredo de Yakuza Kiwami te coloca no meio de uma narrativa intensa e emocional, com foco em lealdade, honra e consequências dentro do submundo do crime japonês. A história acompanha Kazuma Kiryu, um ex-membro da yakuza que se vê forçado a enfrentar o peso de decisões passadas ao retornar para um mundo que mudou drasticamente durante sua ausência.
A trama vai se desenrolando de uma forma linear, mas carrega uma força emocional bem definida, apostando em conflitos pessoais e relações quebradas em vez de reviravoltas complexas. O jogo constrói seus personagens com cuidado, fazendo com que até antagonistas tenham papéis definidos.
Apesar de sua trama não possuir muitas seções, o enredo se destaca pela apresentação cinematográfica, com cenas bem dirigidas e momentos marcantes que reforçam o tom sério da história principal, ao mesmo tempo que há um contraste curioso com as missões secundárias, que trazem leveza e humor sem quebrar a imersão.
No geral, Yakuza Kiwami entrega uma história com um alto peso emocional e leveza com suas ações secundárias, funcionando muito bem tanto como ponto de entrada para novos jogadores quanto como uma releitura refinada do primeiro capítulo da franquia.
2.5 – Áudio e localização
Um dos pontos positivos de Yakuza Kiwami é a localização para o português do Brasil, que torna a experiência muito mais acessível. Os textos são bem traduzidos, com termos claros e linguagem natural, mantendo o tom sério da narrativa principal sem perder o carisma presente nos diálogos, sem erros notáveis.
A localização respeita o contexto cultural japonês, evitando traduções exageradamente literais ou forçadas, o que ajuda a preservar a identidade da obra. Menus, descrições, tutoriais e legendas são bem localizados, facilitando a compreensão tanto do enredo quanto das mecânicas de jogo.
Na parte do áudio, o jogo mantém a dublagem original em japonês. As animações das atuações dos personagens conseguem trazer uma expressividade definida, reforçando a carga emocional dos personagens e dando mais peso às cenas mais dramáticas. A trilha sonora acompanha bem os momentos de ação e tensão, além de se destacar nas batalhas e confrontos importantes.
2.6 – Visão geral e nota de Yakuza Kiwami
De uma maneira geral, Yakuza Kiwami é uma experiência bem equilibrada da franquia Yakuza. A versão de PS5 traz consigo diversos aprimoramentos, como uma fluidez constante nos 60 quadros por segundo, gráficos bem nítidos e texturas, em sua grande maioria, em uma qualidade muito boa. Além disso, o enredo é um ponto extremamente forte em todos os jogos da franquia, e neste não é diferente.
A crítica fica por conta de um tratamento de texturas pouco eficaz, já que ao mesmo tempo que temos algo em alta definição, vemos texturas em baixa resolução e não é difícil de encontrar, andando pelas ruas é fácil ver um letreiro ou uma placa no chão com detalhes borrados.
Outro ponto que gera mais comentários é seu combate um pouco engessado, mas é uma questão de gosto, pois é fácil se acostumar, ainda mais com vários estilos de luta. Com isso, a nota final para Yakuza Kiwami é 8.6:
Um enredo profundo com alta carga emocional rodando a 60FPS constantes no PS5, mas com algumas texturas borradas.

Vamos agora para Kiwami 2!
Parte 3 – Yakuza Kiwami 2
3.1 – 60 quadros por segundo… a menos que saia de um prédio
Yakuza Kiwami 2 apresenta um desempenho no PlayStation 5 bastante semelhante ao de seu antecessor. Na maior parte do tempo, seja durante a exploração da cidade, no combate ou nas atividades do mundo aberto, o jogo mantém 60 quadros por segundo estáveis, com um frametime suave. E as cutscenes que critiquei no anterior, aqui rodam a 60FPS.
No entanto, diferente de Kiwami 1, este título traz um número significativamente maior de construções acessíveis, permitindo ao jogador entrar livremente em diversos estabelecimentos apenas por curiosidade, inclusive para assustar os NPCs que saem correndo – confesso que é bem engraçado. Essa maior densidade e variações de ambientes e interações adiciona vida ao mundo do jogo, mas também cobra seu preço em certos momentos.
Em algumas situações, especialmente ao sair de prédios para áreas externas, é possível notar pequenos engasgos e quedas momentâneas de desempenho. Isso ocorre, em geral, quando o jogo precisa carregar simultaneamente um cenário mais complexo, com mais personagens na tela, maior quantidade de objetos e múltiplos locais entráveis ao redor.
E sério… o Kiryu é do tamanho de uma porta (que está torta na imagem) na largura e na altura:
Felizmente, esses engasgos são breves e não comprometem de forma significativa a jogabilidade em si.
3.2 – Texturas, gráficos e ambientação
Na versão de PlayStation 5, Yakuza Kiwami 2 apresenta um salto visual perceptível em relação a Kiwami 1, já que conta com texturas em alta definição na maior parte dos cenários e personagens, resultando em ambientes mais nítidos e detalhados.
Ainda é possível encontrar algumas texturas com aparência mais borrada, mas elas surgem com bem menos frequência do que no título anterior e raramente chamam atenção durante o gameplay, o que era o oposto no título anterior, já que texturas borradas eram vistas com mais frequência.
A ambientação como um todo se beneficia bastante da maior densidade de objetos e elementos em cena, o que torna a cidade mais viva.
Ruas, lojas e áreas internas passam uma sensação de espaço mais preenchido e detalhado, reforçando a imersão. No entanto, essa complexidade maior também evidencia pequenas limitações técnicas, que se você for muito detalhista (ou chato igual eu), vai notar.
Em alguns pontos específicos, a oclusão de ambiente parece não afetar todos os objetos de forma uniforme, o que faz com que certos elementos apresentem um sombreamento mais leve do que o esperado, dando a impressão de que estão levemente “flutuando” em relação ao cenário. Mas de novo, é algo perceptível apenas para jogadores mais atentos ou detalhistas.
De uma maneira geral, quando vemos o conjunto gráfico de Yakuza Kiwami 2, o mesmo entrega uma ambientação bem construída e detalhada no PS5, com melhorias claras em definição e riqueza visual quando comparado ao primeiro remake.
As pequenas inconsistências de iluminação e sombreamento existem, mas são pontuais e passam despercebidas para a grande maioria dos jogadores, não afetando nem um pouco a experiência como um todo.
3.3 – Um combate mais refinado
O combate de Yakuza Kiwami 2 apresenta mudanças significativas em relação ao primeiro Kiwami, apostando em um sistema bem mais fluido e natural graças ao uso da Dragon Engine.
As animações são mais suaves e os golpes passam a sensação de ser menos rígidos, o que reduz a sensação de ser um combate bem engessado assim como comentei no tópico do título anterior. O resultado é um combate mais responsivo, com um estilo de movimentação mais livre.
Aqui Kiryu conta com um único estilo de luta, mas com diversos tipos de golpes, agarrões e Ações de Calor. O ambiente passa a ter um papel ainda mais ativo nas lutas, com objetos destrutíveis e interações que reforçam a sensação de impacto e brutalidade quando você está descendo o sarrafo no inimigo.
Apesar dessa evolução, o combate ainda apresenta pequenos problemas, como uma câmera ocasionalmente confusa em áreas estreitas ou dificuldade para controlar multidões em lutas mais caóticas. Ainda assim, o sistema é mais refinado, oferecendo uma experiência mais moderna sem perder a identidade clássica da série.
3.4 – A sequência de um enredo de honra
O enredo de Yakuza Kiwami 2 traz uma continuação para a história de nosso protagonista Kazuma Kiryu, mas nesse há um aprofundamento em conflitos pessoais. A narrativa do segundo jogo mantém o tom sério e dramático explorando temas como honra, rivalidade e as consequências de escolhas feitas no passado.
A história acaba sendo abordada de uma forma mais ambiciosa do que no título anterior, apresentando novos personagens e conflitos que aumentam a escala dos acontecimentos. Mesmo sem depender de reviravoltas constantes, o roteiro se destaca pela construção de tensão e pela forma como desenvolve suas relações, mantendo o jogador focado ao longo da campanha.
Como de costume, há um contraste entre a trama principal, que segue sendo mais densa, e as atividades secundárias, que adicionam humor e leveza sem quebrar o ritmo narrativo. O resultado é uma experiência equilibrada, que valoriza tanto a história quanto o mundo ao redor.
3.5 – Localização e áudio
Assim como o anterior, Yakuza Kiwami 2 conta com localização completa em português do Brasil nos textos, oferecendo uma tradução clara e bem adaptada ao contexto da obra. Menus, legendas e descrições ficam fáceis de entender, mantendo o tom sério da narrativa e respeitando as particularidades culturais da série.
No aspecto sonoro, o jogo mantém a dublagem original em japonês, com atuações que dão peso emocional às cenas. As vozes ajudam a reforçar a personalidade dos personagens e contribuem para a imersão no universo do jogo.
A trilha sonora por sua vez acompanha bem tanto os momentos mais dramáticos quanto as sequências de ação, com músicas intensas durante os combates e faixas mais calmas durante a exploração. No conjunto, o áudio e a localização trabalham em harmonia sem comprometer a identidade original da franquia.
3.6 – Visão geral e nota de Yakuza Kiwami 2
De uma maneira geral, Yakuza Kiwami 2 consegue aprimorar diversos aspectos em relação ao seu antecessor. Seus gráficos são ainda mais bonitos, e conta com ainda mais texturas em alta definição, quase eliminando de vez o problema de andar na rua e ver diversos letreiros e placas borradas.
A oclusão de ambiente é aplicada de maneira OK em grande parte dos objetos, mas de novo, se você for uma pessoa mais crítica, detalhista e ao mesmo tempo chata com os detalhes igual eu, vai notar que certos objetos não possuem uma definição tão grande nas sombras, mas não interfere em absolutamente nada sua experiência, tudo é bem bonito.
Seu desempenho é constante assim como seu antecessor, só dando uma leve engasgada ao sair de um prédio, pois você estava em um ambiente pequeno e com pouca coisa para carregar, e passará a estar em um lugar maior e com mais NPCs e itens no cenário, que aqui estão em maior volume, bem como a possibilidade de entrar em prédios.
O combate também foi aprimorado e não parece ser mais tão engessado igual o primeiro Kiwami, é um ponto bem positivo. De uma maneira geral, é um ótimo jogo e aprimora os elementos do anterior, portanto, sua nota é 8.8:
Aprimora muitos elementos em relação ao Kiwami 1, mas sofre com eventuais stutters!

Agradecemos ao pessoal da SEGA e da TheoGames pelo envio das keys para a elaboração desta review!
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