Lançado em 8 de novembro de 2013, o Project Zomboid, desenvolvido por The Indie Stone, é um dos jogos mais completos e desafiadores no gênero de sobrevivência. Ele se destaca não apenas pelo seu mapa vasto, mas também pela forma como simula uma experiência realista de um mundo pós-apocalíptico.
Desde o primeiro segundo, o jogo te joga no meio do caos: você acorda em uma casa aleatória, cercado por uma cidade devastada e infestada de mortos-vivos. A proposta é simples, mas brutal: sobreviva o máximo que puder. E como o próprio jogo avisa ao iniciar a campanha: “Essa é a história de como você morreu“. A morte é certa — o que varia é quanto tempo você consegue adiá-la.

O jogo oferece diferentes modos de jogo, como Apocalipse, Construtor e o modo favorito de muitos jogadores — incluindo eu Guilherme Bravo — o Sandbox, onde é possível personalizar completamente a dificuldade e o comportamento do mundo, desde a quantidade de zumbis até a escassez de recursos.
A riqueza de detalhes é absurda: você pode cultivar, pescar, construir, criar armas, improvisar bandagens com roupas velhas, lidar com infecções e até sofrer fadiga muscular por excesso de esforço na nova build B42. Tudo importa. Esquecer de tirar um caco de vidro do braço pode ser o fim da sua jornada.
Profissões, habilidades e a beleza da complexidade

O Project Zomboid oferece uma grande variedade de profissões — você pode ser bombeiro, ladrão, assistente técnico, cozinheiro, policial, lenhador, pescador ou fazendeiro, entre outros. Cada profissão oferece benefícios únicos, como força extra, furtividade ou facilidade com ferramentas específicas.
Além disso, o sistema de habilidades é vasto. Você as desenvolve com o tempo, lendo livros, assistindo a programas de TV (enquanto houver energia elétrica), ou assistindo a fitas VHS. Contudo, após cerca de 14 dias no jogo, acontece o famoso blackout: acaba a energia e a água encanada. A partir daí, você precisará de um gerador — e também da raríssima revista que ensina a usá-lo — para ter acesso à eletricidade novamente, e fazer coletores de chuva através da carpintaria.
Esses detalhes fazem com que o jogo seja considerado “difícil demais” por alguns. E sim, Project Zomboid não é para quem busca uma diversão rápida e descomplicada. Mas é exatamente essa complexidade que torna a experiência única. Para quem se dedica, o aprendizado constante, mesmo através da perda de personagens, é extremamente recompensador.
Comunidade, mods e o futuro promissor do jogo

A comunidade do Project Zomboid é ativa, criativa e essencial para a longevidade do jogo. Através da Steam Workshop, instalar e gerenciar mods é extremamente fácil, o que torna o jogo ainda mais completo. Mods que adicionam silenciadores, bicicletas, motos, mais tipos de armas, melhorias na construção, eventos aleatórios e muito mais já existem — e muitos desses elementos deveriam estar oficialmente no jogo base.
A build 42, mesmo em fase de testes, traz melhorias notáveis. Ela apresenta cansaço em combate, melhorias no sistema de crafting, e um sistema de progressão mais profundo. O trabalho da The Indie Stone com Project Zomboid é constante, e embora ainda faltem alguns recursos, é visível o comprometimento da equipe com a evolução do jogo.
Pequenos detalhes ainda fazem falta, como um sistema melhor de eventos, variedade maior de veículos, crafting de munição, mais interações com o ambiente, arrombamento com ferramentas, e uma física um pouco mais viva — como a chuva limpando superfícies. No entanto, é questão de tempo até vermos mais dessas adições, seja de forma oficial ou via mods.
Vale a pena jogar Project Zomboid? A minha opinião! Nota final: 9,2/10

Sim, vale muito a pena jogar Project Zomboid. Mesmo com gráficos simples e algumas ausências de qualidade de vida, Project Zomboid entrega uma experiência única e profunda. É um jogo para ser descoberto aos poucos, no qual cada morte ensina algo novo. Uma verdadeira peça rara no gênero de sobrevivência zumbi.
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ESTE É UM ARTIGO DE OPINIÃO E PODE NÃO REPRESENTAR A VISÃO DEFENDIDA POR ESTE VEÍCULO ACERCA DO TEMA TRATADO.