A mais recente DLC de Dead by Daylight, lançada em 17 de junho de 2025, trouxe um dos personagens mais aguardados da comunidade: o temido Springtrap, diretamente da franquia Five Nights at Freddy’s. Mas será que essa adição fez jus ao hype? Será que vale o investimento? A resposta não é tão simples quanto parece.
Um novo killer, mas com velhos problemas

A primeira impressão é inevitável: Springtrap é mais um killer com mecânica de teletransporte e projétil, fórmula que a Behaviour Interactive já usou (e abusou) em outros personagens. O poder dele gira em torno de um machado incendiário que funciona como um projétil de média distância. Acertou o sobrevivente? Ganha Killer Instinct e reduz o tempo de recarga para o próximo arremesso.
Quem gosta de gameplay mais técnica em Dead by Daylight vai curtir o desafio de acertar os lançamentos com precisão, mas, convenhamos, era de se esperar algo mais original vindo de uma colaboração tão aguardada. Principalmente considerando o potencial de terror psicológico que a lore do Springtrap oferece.
Além disso, o sistema de Security Doors — portais fixos para movimentação rápida — acaba sendo só mais uma versão de mobilidade que lembra outros killers já presentes no jogo. E, para piorar, os sobreviventes também podem usar essas portas, mas, na prática, quase ninguém faz isso.
Mapa reciclado, bugs inesperados e comunidade frustrada

Se a falta de inovação em Dead by Daylight já é um problema por si só, o lançamento veio acompanhado de uma série de bugs que não estavam presentes nem mesmo na PTB. Entre os principais problemas estão:
- Bug de invisibilidade: Springtrap ficando invisível ao sair das portas por alguns segundos.
- Descrição errada dos addons: Especialmente nas versões em português, as descrições não condizem com os efeitos reais.
- Bug de áudio nas portas: Sobreviventes que usam as portas têm o áudio de ambiente completamente invertido, prejudicando a jogabilidade.
- Problemas nas conquistas da Steam: Por causa dos bugs, a conquista que exige pegar sobreviventes na sala das câmeras está praticamente impossível de completar.
A situação ficou ainda pior com as filas de matchmaking. Jogadores relataram esperas de até 30 minutos para achar partidas como assassino, agravadas pela decisão de dividir a fila entre o novo mapa e o restante do jogo. Isso tudo enquanto as oferendas de mapa foram nerfadas, tornando a escolha de mapas ainda mais limitada.
Springtrap: divertido, mas longe de ser revolucionário

No final das contas, o Springtrap é um killer técnico, com uma curva de aprendizado que pode agradar quem curte mecânicas baseadas em precisão. Ele tem o potencial de brilhar nas mãos certas, especialmente em mapas abertos, mas falta presença, pressão e controle de mapa.
Para quem esperava um personagem voltado para stealth, jumpscares ou qualquer referência direta ao terror psicológico de Five Nights at Freddy’s, a frustração é quase garantida. O resultado é uma adição divertida, mas sem o impacto que um crossover em Dead by Daylight desse porte deveria ter.
Vale a pena jogar Dead by Daylight: Five Nights at Freddy’s? A minha opinião!

A verdade é que, mais uma vez, a Behaviour entregou uma DLC com pouca inovação, vários problemas técnicos e um conteúdo que parece mais preocupado em capitalizar em cima de uma fanbase do que realmente oferecer qualidade. Os fãs de FNAF mereciam mais.
Reconsiderem comprar Dead by Daylight: Five Nights at Freddy’s em um futuro próximo caso você seja bastante fã da franquia, mas muito provavelmente se dará melhor em outro assassino dentro de Dead by Daylight.
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