A recente onda de rumores sobre uma possível compra da Ubisoft pela PlayStation (Sony) trouxe um debate que sempre ressurge quando a gigante francesa mostra sinais de fragilidade.
E sim, a empresa enfrenta um momento delicado, mas o dado mais importante veio nos últimos dias, e ele muda completamente a equação… e não a favor da Sony.
Por que, na prática, essa compra do PlayStation é improvável?

Nos últimos dias, a Tencent injetou mais de US$ 1,6 bilhão na Ubisoft para criar um novo estúdio interno: o Vantage Studios, que atuará no desenvolvimento de franquias pesadas como Assassin’s Creed, Far Cry e Rainbow Six Siege.
Nós do Portal Viciados analisamos o cenário e vemos três barreiras gigantes para uma compra:
- Relação estratégica entre Ubisoft e Tencent: os chineses colocaram dinheiro e reforçaram influência. Seria improvável que a Tencent permitisse a venda total de uma empresa na qual acaba de aumentar presença.
- Valorização recente das ações: a própria injeção financeira fez a Ubisoft subir mais de 15% na bolsa. Comprar agora custaria muito mais à PlayStation do que há alguns meses.
- Timing ruim para uma aquisição massiva: a Sony está em contenção de custos devido ao Concord, outros fracassos e focada em projetos internos. Assumir um conglomerado do tamanho da Ubisoft seria um movimento arriscado e caro.
“Mas Sony ganharia todas as franquias como exclusivas…” seria mesmo uma vantagem?

Aqui está a grande ilusão que circula nas redes. Sim, Assassin’s Creed continua sendo um gigante. Mas o resto do catálogo da Ubisoft vive sua fase mais instável em décadas:
- Far Cry em hiato desde 2021 e sem direção clara.
- Ghost Recon perdeu força com lançamentos mal recebidos.
- The Division teve projetos cancelados e turbulências internas.
- Rainbow Six Siege segue forte, mas próximo do ponto crítico onde um sucessor pode dividir a fanbase.
- For Honor sobrevive graças ao público hardcore.
- Skull and Bones… existe, tecnicamente.
Por mais que transformar tudo isso em conteúdo exclusivo pareça tentador, a pergunta é:
vale investir bilhões em franquias que exigem reestruturação profunda?
Comprar não é crescer

A Ubisoft possui milhares de funcionários espalhados pelo mundo, em um ecossistema complexo. Uma aquisição desse porte exigiria:
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- Reestruturação global
- Absorção cultural
- Custos administrativos imensos
Nós do Portal Viciados acreditamos que a Sony não tem interesse em enfrentar esse caos — especialmente depois de anos em que o mercado mostrou que “comprar” nem sempre significa “crescer”. Em vários casos, significa demissões massivas, desgaste de marcas e perda de identidade criativa.

Em suma, comprar a Ubisoft agora seria como adquirir um navio enorme durante uma tempestade: pode parecer poderoso, mas exige uma tripulação gigantesca e reforços constantes para não afundar.
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