Nesta semana durante uma entrevista à revista britânica Autocar, Horacio Pagani confirmou que está desenvolvendo um carro elétrico, mas disse também que irá permancer com o motor V12 por mais alguns anos.
Os modelos da Pagani são todos feitos a mão e por serem limitados, seus preços estão entre os mais caros e luxuosos. Horacio Pagani confirmou que está desenvolvendo um hipersportivo elétrico, mas que os modelos com os V12, desenvolvidos pela Mercedes-AMG especialmente para a marca, irão continuar até 2026.
Porém, para a Pagani é sempre complicado estabelecer uma data limite para a produção de seus modelos. O fim do Zonda foi adiado várias vezes, mas como haviam vários clientes interessados, entre eles Lews Hamilton, Horacio continuou a produção e prolongouse bem mais do que o previsto. O mesmo tem acontecido com o Huayra. O último modelo dessa versão será o BC Roadster ou seria, pois segundo o CEO, “este seria o último modelo da linha Huayra, mas tenho ouvido colecionadores e alguns clientes que estão interessados em pedir mais um edição limitada que acabará por pronlongar a vida útil do Huayra.”
Vale resaltar que a Pagani é uma das fabrincantes de carros mais exclusivas com um produção anual que não ultrapassa 40 unidades. Ainda assim, é um empresa altamente rentável, pois a exclusividade permite Horacio pedir preços extremamente altos, tendo um planejamento a longo prazo que permite fidelizar clientes que querem ter em suas garagens modelos da marca. O sucessor do Huayra, conhecido como C10, está praticamente pronto, porém só chegará em 2022.
Horacio confimou que manterá o V12 AMG biturbo, homologado até 2026. A diferença é que a Pagani já tem em desenvolvimento um modelo totalmente elétrico que será irmão gêmeo do C10.
A razão para a forte aposta na eletrificação não tem nenhuma ligação com restrições ambientais, mas com a mudança de padrão do cliente da Pagani. Segundo o CEO da marca italiana, “no início, os nossos clientes eram colecionadores europeus com mais de 50 anos. Hoje, a idade média despencou significativamente e temos muitos clientes novos, jovens, que vêm da Ásia e dos Estados Unidos, mais precisamente do Vale do Silício.” E por conta disso, a partir de 2025, Horacio Pagani não descarta a produção de algo extravagante como um SUV. “Se tiver de fazer uma Pagani SUV, terá de custar cerca de 3 milhões de euros ou acima disso para estar alinhado com a nossa estratégia. Sinceramente não sei se a mercado para um carro assim com esse preço, mas não podemos estar desatentos nem céticos. Se um carro ostenta o símbolo Pagani, tem de ser um carro da mais elevada qualidade e, sim, é verdade, é um assunto que temos discutido várias vezes com os colecionadores.”
Para isso se concretizar, o acesso á tecnologia da Mercedes, com a qual a Pagani tem relações profundas, seria invitável para que o modelo fizesse sentido, utilizando a plataforma de um dos maiores SUV da marca alemã e dando o toque Pagani, para que faça valer a pena pagar 3 milhões de euros por um Pagani SUV. Porém, Horacio deixa bem claro, que a ideia surge de sua cabeça e vai até o produto final, percorrendo um longo caminho.