O presidente da Nintendo of America, Doug Bowser, fez uma declaração que está gerando polêmica entre os fãs e consumidores após comentários sobre a acessibilidade do futuro Switch 2. Em uma recente entrevista para investidores, o executivo da empresa japonesa sugeriu que jogadores com orçamento limitado deveriam considerar o atual Nintendo Switch em vez de aguardar pelo novo console. A declaração foi dada em entrevista à CBC, antes do adiamento das pré-vendas nos Estados Unidos, e tem gerado debate entre fãs da empresa.
“Compreendemos que nem todos os nossos consumidores têm condições de investir em um novo dispositivo imediatamente após o lançamento. Por isso, continuaremos oferecendo o atual Switch como uma alternativa acessível por um bom tempo, para que eles ainda tenham a oportunidade de entrar no nosso universo de jogos, conhecer nossos personagens e enxergar valor em qualquer modelo da plataforma que escolherem.”
Com a pré-venda oficial do Nintendo Switch 2 iniciando em algumas regiões, com exceção de locais como Estados Unidos e Canadá, as pessoas terão de desembolsar US$ 450 (sem jogo) ou US$ 500 (com Mario Kart World) para garantir o novo console.

A declaração parece confirmar que a Nintendo pretende adotar uma estratégia de manter dois consoles ativos no mercado simultaneamente, seguindo um modelo semelhante ao que a empresa já utilizou em gerações anteriores.
“Não vamos descontinuar o Switch original imediatamente. Acreditamos que existe espaço para ambos os modelos atenderem diferentes perfis de consumidores”, esta abordagem, embora faça sentido do ponto de vista comercial, deixou um gosto amargo em muitos fãs que esperavam uma transição mais acessível para a próxima geração.
Nintendo também defende decisão de cobrar US$ 80 em alguns de seus jogos do Switch 2
A Nintendo pegou a todos de surpresa com o anúncio de que alguns dos seus jogos chegariam a custar US$80. Para muitos o preço em si não é o único problema, mas também o fato que a empresa dificilmente baixa o preço dos seus jogos em promoção, mantendo eles a preço cheio mesmo anos após o seu lançamento.
Comentando sobre essa filosofia, Kit Ellis e Krysta Yang, antigos gerentes de relações públicas da Nintendo, afirmaram que isso se deve ao fato da empresa “respeitar o valor” do produto.
Os produtos da Nintendo têm um valor imenso, e devemos sempre respeitar esse valor imenso. É por isso que não são colocados em promoção. Valor é valor, e nós levamos a sério o conceito de ‘respeitar o valor do que fizemos, porque é muito especial’. Isso aqui não é a Ubisoft.
De acordo com a dupla, os jogadores da Nintendo são condicionados a pensarem que se querem um produto, podem já comprar no lançamento, porque o preço não irá diminuir com o tempo. Os antigos funcionários ainda afirmam que essa “taxa da Nintendo” serve para mostrar que os produtos são de alta qualidade.
É uma taxa da Nintendo. O que nós fazemos vale US$ 60. Muitos desses outros jogos que custam US$ 60 são lixo. Eles não têm o nível de qualidade ou polimento da Nintendo, ou a atenção dela, então precisamos distinguir o quão premium essa coisa é pelo preço, e vocês vão chegar ao ponto de compreender isso”.
Fica claro que os comentários dos ex-gerentes de marketing surgem quando a empresa está testando um novo patamar de preços para seus jogos. Junto ao lançamento do Switch 2, ela vai passar a vender Mario Kart World por US$ 79,99 — assim sendo, eles querem afirmar ser justificável cobrar esse valor pelos novos jogos oferecerem “experiências mais ricas”.

Sobre o preço de US$ 450 para o Switch 2 (ou US$ 500 no combo com Mario Kart World), a Nintendo disse que isso foi definido com base no custo de produção do console e no valor que ele traz aos jogadores.
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Fonte: Gamesradar