A franquia Need for Speed deu um salto ousado ao adotar o modelo de live service com Need for Speed Unbound, lançado em novembro de 2022.
Do mesmo modo, dois anos depois, a estratégia da Criterion com Unbound se provou um sucesso, consolidando o jogo como uma experiência dinâmica e conectada com a comunidade.
Com atualizações regulares batizadas de “volumes”, a Criterion Games conseguiu resgatar a nostalgia dos fãs e ao mesmo tempo introduzir novidades que mantêm o título relevante. Mas como a mudança para live service transformou a franquia? E o que isso significa para o futuro?
O salto para o live service em Need For Speed Unbound
Após o lançamento de Unbound, boa parte da equipe da Criterion foi deslocada para outros projetos, como o próximo Battlefield, enquanto um pequeno grupo ficou responsável por manter o jogo vivo com atualizações regulares.
Segundo Patrick Honnoraty, produtor do jogo, essa decisão foi um marco:
“Queríamos provar que Need for Speed poderia funcionar como live service, e conseguimos.”
A abordagem “Kaizen“, termo japonês para “melhoria contínua”, guiou o desenvolvimento das atualizações. Isso permitiu que o time lançasse conteúdos inspirados nos títulos mais amados da série, como NFS Underground, Hot Pursuit e Most Wanted.
Destaques das atualizações
Entre os conteúdos mais marcantes, os volumes introduziram:
- Volume 7: O aguardado Drag Racing inspirado em Underground.
- Volume 8: O modo multiplayer “Cops vs. Racers“, uma homenagem a Hot Pursuit.
- Volume 9: Inspirado em Most Wanted (2005), adicionou o primeiro moto pilotável na história da franquia e o modo “Lockdown”, um multiplayer onde equipes competem para roubar carros e escapar com o loot.
Do mesmo modo, essas adições não apenas mantiveram os jogadores engajados, mas também reforçaram o vínculo da Criterion com a comunidade.
A influência da comunidade
A interação direta com os fãs desempenhou um papel fundamental no sucesso do live service. De acordo com o diretor criativo John Stanley, o feedback foi essencial para definir os rumos das atualizações:
“Mudamos recursos no meio do desenvolvimento por causa das sugestões da comunidade. Isso nunca teria acontecido sem a proximidade com eles.”
A Criterion acredita que a chave para o sucesso está em ouvir os jogadores e trazer melhorias iterativas. Essa abordagem, segundo Stanley, evita que o jogo se torne genérico ou sem personalidade.
O futuro da franquia Need For Speed
Com o encerramento de Unbound após o Volume 9, a Criterion sente que conseguiu cumprir seu objetivo de transformar a franquia. Honnoraty finaliza:
“O que vemos são melhores métricas e um retorno contínuo dos jogadores. Provamos que Need for Speed pode sobreviver como live service.”
Em suma, agora, resta saber como a Criterion usará essa experiência em futuros jogos da série. Será que veremos um novo título ainda mais conectado com a comunidade?
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Fonte: traxion