Na manhã desta quarta-feira, 10 de dezembro de 2025, chegou ao GTA Online (Grand Theft Auto Online) a aguardada DLC “A Safehouse in the Hills“, que promete entregar mansões de luxo, sistemas de inteligência artificial personalizados, novos animais de estimação e uma série de missões ligadas a personagens clássicos da franquia Grand Theft Auto.
Você pode conferir o início da DLC, no vídeo do nosso parceiro SanInPlay:
À primeira vista, o pacote impressiona: mansões bem produzidas, ambientes sofisticados, festas personalizáveis, viagem rápida integrada e até a possibilidade de adotar um gato ou cachorro com variações de cor e raça. No papel, parecia exatamente o tipo de conteúdo premium de GTA Online que os jogadores esperavam.
Mas, ao mergulhar na campanha, a sensação muda rapidamente. O que deveria ser um marco narrativo para o retorno de Michael De Santa acaba se transformando em uma entrega apressada, reciclada e aquém do legado que o personagem, e o ator Ned Luke mereciam.
O retorno de Michael ao GTA Online, o personagem mais carismático de GTA 5, reduzido a migalhas narrativas

A nova DLC do GTA Online gira em torno de novas missões comandadas por Avi Schwartzman, o hacker excêntrico e aliado de Lester, enquanto uma empresa afiliada ao FIB, chamada KnoWay, se torna a antagonista da trama.
No final da primeira parte da história, surge enfim Michael, completando a tríade icônica após Trevor Phillips e Franklin Clinton já terem recebido suas próprias aparições anteriormente.
E é justamente aqui que aparece o maior problema.
Ao contrário da robusta DLC do Franklin, que trouxeram contratos VIP, participações do Dr. Dre, missões inéditas e a do Trevor, com seu golpe próprio, missões de contato e um forte senso de progressão, A Safehouse in the Hills simplesmente não acompanha o padrão.

Michael aparece apenas em uma cutscene inicial e outra final, deixando uma lacuna enorme entre a expectativa e o conteúdo entregue.
O que poderia ter sido uma expansão digna de GTA Online, talvez até maior do que a do próprio Franklin, acaba reduzido a um fan service raso, sustentado por nostalgia, mas desprovido de profundidade.
Um festival de reciclagens que evidencia a falta de cuidado

O ponto mais incômodo é a quantidade de conteúdo reaproveitado de GTA Online. Interiores, prompts, animações, introduções de missão e até cutscenes passam a sensação de que tudo foi montado às pressas.
As missões com Avi Schwartzman, por exemplo, reaproveitam estruturas vistas anteriormente nas DLCs anteriores. A narrativa, que poderia explorar IA, carros autônomos e invasões ao FIB de maneira inovadora, raramente oferece algo realmente novo.
A missão final, essa sim marcante, nostálgica, repleta de referências ao modo história, mostra que havia potencial. É o único momento em que a DLC realmente entrega algo digno de Michael De Santa.
Infelizmente, é pouco. Muito pouco.
A estratégia da Rockstar parece clara, e não agrada

A impressão que fica é que a Rockstar Games tem usado as atualizações de GTA Online não para elevar o jogo, mas para gerar picos temporários de jogadores enquanto testa conceitos que provavelmente veremos em GTA 6.
A falta de empenho em valorizar o retorno de Michael é especialmente desanimadora porque Ned Luke, seu intérprete, é notoriamente engajado com a comunidade. Presença constante em eventos, entrevistas e conteúdos de fãs, ele merecia participar de uma expansão à altura de seu impacto na série.
Mas a DLC entregue passa a sensação de que a Rockstar nem tentou.
Não é só implicância, é decepção compartilhada

Para muitos jogadores, essa DLC se revela um bait: uma grande promessa sustentada pelo nome do Michael, mas que oferece apenas uma missão realmente relevante e uma cutscene memorável, o resto é reciclado, enxuto, quase burocrático.
A comunidade de GTA Online está carente de conteúdo, e talvez exatamente por isso a decepção seja tão forte. A sensação de que “nos acostumamos com pouco” fica evidente ao perceber que a estrutura da DLC se resume a uma grande abertura, um meio morno e um final eficiente, porém isolado.
O lado positivo: as mansões de GTA Online são excelentes

Apesar do roteiro irregular e das escolhas questionáveis, não dá para ignorar o ponto alto da atualização: as mansões.
Os interiores são caprichados, detalhados, visualmente impressionantes e oferecem uma variedade de interações que realmente adicionam vida ao jogo. É o único elemento da DLC que parece ter recebido o nível de atenção que a Rockstar Games costumava dedicar.
Se houvesse uma narrativa à altura desse cuidado, estaríamos diante de uma expansão memorável. Mas, no estado atual, a DLC fica no meio do caminho entre expectativa, nostalgia e frustração.
Em suma, se a Parte 2 realmente existir, a Rockstar tem uma chance de ouro de corrigir o rumo e, finalmente, dar ao Michael o retorno que ele e os fãs merecem. Talvez até servir como um encerramento digno para o GTA Online, agora que GTA 6 se aproxima.
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