A Arrowhead Game Studios finalmente cedeu à pressão dos jogadores. Após meses de reclamações sobre o controverso sistema anti-cheat GameGuard, o CEO Shams Jorjani revelou que o estúdio está considerando remover completamente a ferramenta de Helldivers 2. A declaração foi feita no Discord oficial do jogo e marca uma mudança significativa na postura da desenvolvedora.
O executivo admitiu que, após o lançamento do próximo patch, a equipe vai “enfrentar essa outra cabeça de hidra”, referindo-se aos problemas causados pelo GameGuard. A notícia chega em um momento delicado para o título, que enfrenta quedas expressivas no número de jogadores ativos e uma enxurrada de problemas técnicos.
GameGuard: o vilão da performance em Helldivers 2?

O GameGuard tem sido alvo de críticas desde o lançamento de Helldivers 2. Jorjani havia defendido o sistema há poucos dias, em 17 de outubro, afirmando que não havia evidências de que ele prejudicasse a performance do jogo. Porém, a narrativa mudou rapidamente quando a comunidade intensificou as reclamações.
Jogadores relataram que o sistema de nível kernel bloqueou recursos de acessibilidade essenciais para alguns usuários, tornando o jogo praticamente injogável para pessoas que dependem de tecnologias assistivas. O ex-CEO e atual CCO da Arrowhead, Johan Pilestedt, já havia confirmado anteriormente que o estúdio investigava essas questões.
Além disso, a atualização “Into the Unjust” de Helldivers 2, lançada em setembro, trouxe crashes severos, quedas de framerate e problemas de dessincronização em todas as plataformas. O resultado? Uma queda brutal: de quase 180 mil jogadores ativos em setembro para aproximadamente 28 mil atualmente.
Por que um jogo cooperativo precisa de anti-cheat tão invasivo?

Essa é a pergunta que não quer calar na comunidade. Afinal, Helldivers 2 é predominantemente um jogo cooperativo PvE, onde trapaças deveriam ter impacto limitado. A Arrowhead justificou a escolha citando problemas do primeiro jogo, onde cheaters distribuíam recursos infinitos involuntariamente para outros jogadores, arruinando a progressão de quem jogava limpo.
Mas será que a solução não acabou sendo pior que o problema? O GameGuard opera ao nível kernel, o que significa acesso profundo ao sistema operacional. Isso gera preocupações legítimas sobre privacidade e segurança, além dos comprovados problemas de performance.
Vale lembrar que polêmicas envolvendo sistemas anti-cheat não são novidades na indústria. Ferramentas como Denuvo foram removidas de diversos títulos após lançamento devido às reclamações sobre invasividade e impacto na experiência de jogo. Parece que o GameGuard pode seguir o mesmo caminho.
Próximos eventos em Helldivers 2 e o que vem por aí

A Arrowhead desacelerou o ritmo de lançamento de conteúdos para focar em correções técnicas. O próximo grande evento do jogo, o Liberty Day, está marcado para 26 de outubro e pode ser crucial para recuperar a confiança dos jogadores. A expectativa não é por novidades, mas sim por estabilidade e performance decentes.
Remover o GameGuard não será tarefa simples. Como o próprio Jorjani indicou, trata-se de uma “cabeça de hidra”, um problema complexo com múltiplas ramificações. Mas, considerando o estado atual do jogo e o êxodo massivo de jogadores, a medida pode ser essencial para a sobrevivência de Helldivers 2 no longo prazo.
A comunidade aguarda ansiosamente pelos próximos passos da desenvolvedora. Resta saber se a Arrowhead conseguirá equilibrar a necessidade de combater trapaças com uma experiência de jogo que não sacrifique performance, acessibilidade e privacidade dos jogadores.
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Fonte: Gamerant


