O governo de Donald Trump continua demonstrando cautela em autorizar a exportação de chips de inteligência artificial de alto desempenho da NVIDIA para países do Oriente Médio, como os Emirados Árabes Unidos e a Arábia Saudita.
Do mesmo modo, a principal preocupação é que essa tecnologia sensível acabe sendo repassada à China, um dos principais rivais estratégicos dos Estados Unidos no campo da IA.
Mesmo com o crescente interesse de nações do Golfo em acelerar projetos de inteligência artificial, como o ambicioso campus Stargate UAE, que deve abrigar 100 mil chips da NVIDIA, o governo Trump exige garantias rígidas. Isso inclui compromissos formais para evitar que empresas com laços com Pequim, como a controversa G42, tenham acesso aos equipamentos.
Chips de última geração com destino incerto

Segundo apuração da Bloomberg e Reuters, os EUA avaliam permitir a exportação de até 500 mil chips por ano até 2027, totalizando mais de 1 milhão de unidades. No entanto, esse envio está condicionado a acordos bilaterais com cláusulas de segurança cibernética e rastreamento da tecnologia.
Embora Trump tenha revogado restrições anteriores impostas por Joe Biden, que limitavam as vendas de chips para mais de 100 países, a atual abordagem não é de liberação total. O plano agora é negociar exportações individualmente, garantindo que os chips não fortaleçam rivais estratégicos.
Um dilema entre negócios e segurança

De um lado, gigantes como OpenAI, Amazon, Google, Cisco, Oracle e a própria NVIDIA já negociam acordos bilionários com Emirados e sauditas para expandir centros de IA no Golfo. Por outro, órgãos de inteligência dos EUA e parte do Congresso alertam que a falta de controle rigoroso pode resultar no fortalecimento tecnológico da China — ainda que de forma indireta.
A G42, por exemplo, já teve relações com empresas chinesas ligadas ao desenvolvimento de infraestrutura 5G, o que acende um alerta sobre possível compartilhamento de tecnologia sensível.
O Oriente Médio quer se consolidar como hub global de IA, e os EUA enxergam uma oportunidade estratégica de manter influência na região. No entanto, a pressão para preservar a liderança americana em tecnologia e conter o avanço chinês ainda impede decisões mais rápidas.
Por ora, as negociações seguem sem um prazo definido para a conclusão dos acordos. Mas uma coisa é certa: qualquer decisão terá grande impacto na geopolítica da inteligência artificial.
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Fonte: Wccftech, Reuters, Washington Post