Um ex-desenvolvedor da Bethesda causou polêmica ao dar sua opinião sobre o desempenho abaixo do esperado de Starfield. À primeira vista, parece um absurdo, mas veremos seus argumentos.
A Bethesda é conhecida por criar RPGs ocidentais incríveis, com mundos imensos que prendem a atenção dos jogadores por anos a fio. Skyrim e a franquia Fallout são provas vivas disso. Mas quando a empresa decidiu se aventurar no espaço com Starfield, algo não saiu como planejado.
Por que Starfield não conquistou os jogadores?

Bruce Nesmith, designer de sistemas do jogo, conversou com o portal FRVR e soltou uma declaração que, de cara, é meio bizarro: “o espaço é inerentemente chato”.
Nesmith explicou que, apesar de ser um grande fã do espaço e até astrônomo amador, o vácuo espacial é literalmente… nada. “É descrito como o vazio”. Convenhamos, o problema real não foi o cenário em si, mas como a Bethesda trabalhou com ele.
O desenvolvedor apontou que a geração procedural de planetas, aquela técnica que cria cenários automaticamente, prejudicou bastante a experiência. Os planetas começaram a parecer muito parecidos uns com os outros, sem aquela sensação de descoberta que jogos como No Man’s Sky conseguiram entregar.
Além disso, Nesmith ficou decepcionado com a falta de variedade nos inimigos. Basicamente, você passava o jogo todo lutando contra pessoas. As criaturas alienígenas? Eram como os lobos de Skyrim, estavam lá, mas não faziam diferença real na história.
O que realmente deu errado com o jogo

Aqui está o ponto crucial: Starfield não teve aquele toque artesanal que tornou Fallout e The Elder Scrolls tão especiais. Sabe aquela estética retrô-futurista de Fallout, com tampinhas de garrafa servindo como moeda? Ou a mitologia profunda de Skyrim? Pois é, Starfield não criou sua própria identidade marcante.
O universo sci-fi do jogo acabou sendo genérico demais. Enquanto franquias como Mass Effect, Halo e Star Wars construíram mundos únicos e memoráveis no espaço, Starfield se perdeu numa infinidade de planetas sem graça e inimigos repetitivos.
Nesmith ainda levantou outra questão: se outro estúdio tivesse lançado Starfield, talvez a recepção fosse diferente. O problema é que a Bethesda estabeleceu um padrão altíssimo com seus jogos anteriores, e as expectativas dos fãs estavam lá em cima.

O jogo recebeu notas razoáveis da crítica, mas os jogadores simplesmente não se apegaram a ele como fizeram com títulos anteriores do estúdio. Um dos lançamentos mais aguardados da década acabou indo e vindo sem causar muito impacto.
A esperança agora fica por conta de uma nova expansão prevista para o próximo ano. Quem sabe a Bethesda não consegue corrigir esses problemas e dar ao universo de Starfield aquela personalidade única que faz tanta falta iguais suas outras franquias? Ou então, num possível Starfield 2, a empresa poderá aprender com os erros e criar algo verdadeiramente memorável.
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Fonte: comicbook




