Ao contrário do que muita gente pensa, a internet não vem só do roteador ou do provedor. Na verdade, ela percorre uma jornada impressionante antes de chegar aos dispositivos, passando por superestradas digitais e até pelo fundo do oceano.
Quem explica isso é Daniel Dimas, da TP-Link, líder global em dispositivos de rede e produtos para casas inteligentes e reconhecida como a principal fornecedora de dispositivos Wi-Fi do mundo.
“Ao abrir um site, mandar uma mensagem ou assistir a um vídeo, os dados dessa ação não surgem magicamente nas telas. Eles viajam por redes de fibra óptica, passando por uma estrutura gigantesca de conexões chamada backbone da internet – a espinha dorsal da rede mundial. Essas redes são formadas por grandes provedores de internet, os chamados “Tier 1”, que são os donos dos cabos que atravessam oceanos conectando países e continentes. Funcionam como grandes rodovias digitais, responsáveis por transportar os dados que chegam até o usuário final na tela da TV, do smartphone ou do computador”, explica Daniel.
Ele conta que grande parte do tráfego de internet global não acontece pelo ar ou via satélites, mas sim por cabos submarinos que cruzam os oceanos já que existem milhares de quilômetros de fios de fibra óptica no fundo do mar. “Esses cabos são essenciais para garantir a velocidade da internet que usamos no dia a dia. Sem eles, a comunicação entre diferentes partes do mundo seria muito mais lenta e cara”, diz.
Por mais inacreditável que pareça, tubarões já foram um problema para a internet. Em algumas regiões do oceano, esses animais mordiam os cabos submarinos, possivelmente atraídos pelos campos magnéticos gerados pela transmissão de dados. Para evitar danos, os cabos passaram a ser revestidos com materiais resistentes, como aço e cobre, criando uma verdadeira armadura contra os ataques subaquáticos.
Mas os tubarões não são os únicos desafios. Terremotos, tempestades e até atividades humanas, como âncoras de navios, podem danificar os cabos. Quando isso acontece, as empresas responsáveis precisam agir rápido para evitar que milhões de pessoas ao redor do mundo fiquem sem internet.
“Se um cabo submarino for danificado, o tráfego de internet pode ser redirecionado por outras rotas, mas isso pode causar lentidão e instabilidade em certas regiões. Empresas especializadas realizam manutenções constantes e, em casos mais graves, enviam navios de reparo para consertar os cabos no fundo do mar”, afirma Daniel.
Depois de atravessar mares e continentes, os dados chegam em cada país e são distribuídos por redes menores, até alcançarem os provedores de internet. A partir daí, o roteador de residências e empresas recebem o sinal e o distribui para os dispositivos. “Tudo isso acontece em frações de segundo. Enquanto uma pessoa assiste a um vídeo ou faz uma pesquisa online, os dados estão viajando pelo mundo em uma velocidade impressionante, conectando o usuário a qualquer lugar do planeta. A internet não é apenas uma rede de conexões digitais, mas uma verdadeira teia global que mantem o mundo interligado a cada segundo”, finaliza.
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