Lançado em um momento onde o gênero já estava saturado, Days Gone é uma grande ideia que pecou no timing, mesmo trazendo ótimas ideias inspiradas em filmes como Guerra Mundial Z.
Ele acompanha a história de Deacon St. John, um ex-militar e motoqueiro que, junto com seu amigo Boozer, sobrevive em um mundo devastado por “frenéticos” — o equivalente a zumbis neste universo.
Deacon é um “vagabundo”, termo usado para aqueles que preferem a estrada aos acampamentos de sobreviventes. A narrativa é impulsionada por flashbacks que mostram a separação entre Deacon e sua esposa, Sarah, enquanto ele decide ficar ao lado de Boozer no caos apocalíptico. O roteiro não é inovador, e, embora tenha seus momentos, acaba sendo bastante clichê. Além disso, muitos dos personagens secundários carecem de carisma, deixando o protagonismo quase totalmente nas mãos de Deacon, cuja personalidade humorística salva parte da trama.
A história do jogo é direta, mas sofre com a repetitividade de certas missões e com os flashbacks excessivos, que acabam prejudicando o ritmo. Apesar disso, a ideia de mundo apocalíptico e as mecânicas de ambientação são bem construídas, e a separação de histórias para desbloqueio de equipamentos e visuais ajuda a diversificar a experiência.
As missões principais e os combates contra hordas de frenéticos são o ponto alto de Days Gone. O jogo exige administração inteligente de recursos, já que munição é escassa em relação à quantidade de inimigos. A IA dos adversários, tanto humanos quanto zumbis, é mediana, tornando os combates desafiadores, mas não impossíveis.
A motocicleta de Deacon é um elemento central da gameplay, mas sua constante falta de gasolina pode ser frustrante, principalmente nas fases iniciais. Embora atualizações tenham amenizado o problema, ele ainda persiste. A comparação com outros jogos, como Mad Max, deixa claro que essa mecânica poderia ter sido melhor executada.
Gráficos de Days Gone impressionam, mas os bugs atrapalham
Visualmente, Days Gone é impressionante, especialmente na versão para PC, que inclui todo o conteúdo adicional lançado no PlayStation 4, como o modo “Sobrevivente” e os Desafios. No entanto, problemas técnicos atrapalham a experiência. Animações desajeitadas, bugs de textura, armas grudando nas mãos do Deacon e quedas de FPS ao andar de motocicleta são comuns.
Mesmo com atualizações, a performance ainda apresenta instabilidades, principalmente ao explorar o mundo aberto. Esses problemas reduzem o potencial imersivo do jogo, prejudicando o que poderia ser uma experiência muito mais fluida.
Vale a pena jogar Days Gone?
Days Gone é um jogo bonito e emocionante, com momentos incríveis, como enfrentar hordas massivas e descobrir os segredos por trás da história. Apesar de sua previsibilidade, o enredo ainda consegue surpreender ocasionalmente.
O maior problema talvez tenha sido o momento de seu lançamento, competindo com títulos como Dying Light, e a saturação do gênero zumbi. Para os fãs de jogos de mundo aberto e sobrevivência, ainda vale a pena dar uma chance, especialmente pela atmosfera única que o jogo oferece.
Confira também: Cult of the Lamb | Um cordeiro, poderes satânicos e um culto viciante!
Gosta do Portal Viciados? Contamos com o seu apoio! Para receber atualizações, siga-nos no Google Notícias. Também faça parte da discussão no Facebook, Twitter (X) e Instagram!