Os Vingadores da Marvel : Cruzada Infantil estão dominando as notícias mais uma vez. No início desta semana, o prefeito Marcelo Crivella tentou banir a banda desenhada de uma feira de livros na Bienal.
Agora, o artista por trás do enredo em questão quebrou seu silêncio sobre o assunto. Logo após a notícia, Jim Cheung foi ao Instagram para compartilhar uma declaração em apoio ao livro.
“Fiquei surpreso hoje ao saber que o prefeito do Rio de Janeiro decidiu banir a venda do livro feito por mim e Allan Heinberg, Vingadores: A Cruzada das Crianças, alegando material impróprio.
Para aqueles que não estão familiarizados com o trabalho de 2010, a controvérsia envolve um beijo entre dois personagens masculinos.
Agora eu não sei o que fez o prefeito caçar um trabalho que tem quase 10 anos de idade e que já está à venda há vários anos, mas eu posso dizer honestamente que não há motivação oculta ou uma agenda por trás do trabalho para promover qualquer estilo de vida e nem qualquer audiência. A cena apenas mostra um momento de ternura entre dois personagens que possuem uma relação estável.
Como um artista, minha paixão é contar histórias. Histórias de grande heroísmo, compaixão e amor, com personagens autênticos e diversificados como possível. Personagens que representam cada estilo de vida e cor, sejam pretos, brancos, marrons, amarelos ou verdes.
O fato é que este livro, de quase 10 anos, serve para mostrar o quanto o prefeito está em desacordo com os tempos atuais. A comunidade LGBTQ veio para ficar e eu não tenho nada além de amor e suporte para aqueles que lutam pelo reconhecimento para se tornarem uma voz a ser ouvida.
Eu espero que as belas pessoas do brasil, maravilhosamente diversificadas, uma nação orgulhosa, vejam este barulho político e coloquem seu foco na luz e nas maneiras para unir, ao invés de ajudar a semear as sementes do conflito e divisão“
Segundo a GLOBO, o prefeito de Rio de Janeiro, pretendia interromper as vendas do livro por causa de um beijo compartilhado entre Wiccan e Hulkling, dois personagens masculinos. Crivella citou o livro por ter “conteúdo sexual para menores” como a principal razão para contrariar as vendas de livros.